“Com o capitalismo estético, enunciado por Gilles
Lipovetsky, a moda hibridizou-se com outras áreas artísticas e de consumo. A
lógica de produção de moda, assente nos conceitos do novo, do efémero e da
sedução, apoderou-se e remodelou outros campos da sociedade contemporânea. O
surgimento de artefactos de moda no panorama da arte contemporânea floresce com
a estética pós-digital, ou seja, aquela que se propõe para lá do domínio ou
mesmo da subjugação ao digital. Estes artefactos questionam e obrigam a
repensar a forma como a moda é exposta em galerias/museus, o seu lugar enquanto
objeto artístico e a interação entre este e o público. São objetos de desejo
que se transformam em agentes indutores do pensamento crítico” [1].
O papel do criador de moda na contemporaneidade está cada
vez mais ligado à arte e à cultura digital, e consequentemente à investigação
científica/académica/artística.
O criador de moda não é um seguidor de tendências, é sim na
sua génese um investigador que, através da prática artística e investigativa,
procura a superação de desafios/problemas e experimenta novas formas, materiais
e tecnologias. A procura do novo, o quebrar as fronteiras próprio da criação de
moda é exigente, requer pensamento crítico, atualizado e informado, e um
constante “upgrade”.
[1] Selma Pereira (2017), A Moda na Era Pós-Digital [Tese de
Doutoramento], Universidade Aberta e Universidade do Algarve
Muito interessante conhecer este lado da moda.
ResponderEliminarParabéns Selma pelo teu trabalho.
Muito Obrigada
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