E agora Londres: A exposição de Pierre Huyghe na Serpentine


Ao entrar na primeira sala deparamo-nos com o primeiro ecrã, de grande dimensão, com uma imagens desfocadas, coloridas e metamórficas. O impacto que causam faz que toda a gente páre e as observe durante vários minutos. Pierre Huyghe representa nestas vídeos instalações a atividade cerebral de um indivíduo no acto de recriar mentalmente imagens no seu pensamento. Sim,o conceito é mesmo complexo.
As imagens nos ecrãs  são as milhares de tentativas da rede neural a construir representações visuais no pensamento humano. Na galeria central foi colocado um grupo de moscas vivas que residem e integram a exposição, algumas paredes foram lixadas, e a tinta e o pó foi propositadamente deixado no chão, espalhando-se à medida que o tempo e os espectadores passam. Estes elementos formam um ecossistema expositivo (humano, animal e tecnológico), que afecta os ecrã e as imagens expostas, o ritmo e as pausas no processamento das imagens é alterado pelas interações e condicionantes na sala: alterações na luz, na temperatura, humidade, movimento dos espectadores e dos insectos. A interação aqui não funciona apenas na sua relação habitual homem-máquina, mas em todo um ecossistema criado para o espaço expositivo.

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