A Timbila é um instrumento de percurssão tradicional do sul de Moçambique, nas comunidades Chopi, distinguido, desde 2008, pelo Unesco e integrando a lista de Património Cutural Imaterial da Humanidade. [1]
Vídeo da Unesco, com os musicos tradicionais da Timbila, Comunidade Chopi, Sul de Moçambique
O instrumento tradicional "A timbila (plural de mbila = 1 lâmina de madeira) apresenta a sua particularidade nas massalas (ou "maçalas"), isto é, cabaças de vários tamanhos que funcionam como caixas de ressonância e que se encontram por baixo de cada lâmina de madeira. Cada lâmina possui um pequeno orifício pelo qual o som é transmitido até à caixa de ressonância (cabaça). Esta encontra-se fixa à lamina, através de uma mistura de componentes naturais, como cera de abelha, terra e intestino animal. Os materiais com que se constrói a mbila são fundamentais para lhe conferir o timbre típico. A sua construção, uma arte transmitida de pais para filhos, demora perto de três meses e meio. A timbila é tocada com duas baquetas que na ponta possuem um anel de borracha. Para constituir uma orquestra de timbilas, são necessários vários tipos de mbilas que se diferenciam pelo número, tamanho (em comprimento e largura) e pelo tamanho das suas cabaças."[3]
A instalação de José Hoguane é composta por um pequeno espaço cénico, onde coabitam uma timbila, a representação de um abate, e um espaço verdejante com textura de ervas; cartões com imagens que permitem, através do qr code, o acesso a vídeos de forma ao espetador criar a sua narrativa.
Trata-se de uma inatalação que alia a média-arte à preservação do património imaterial musical, e desperta a vontade de conhecer mais trabalhos do artista e de ver o desenvolvimento deste artefacto numa escala maior.
[1]https://ich.unesco.org/en/RL/chopi-timbila-00133
[2]https://dmad.online/nao-vas-o-mbila/
[3]https://www.infopedia.pt/$timbila
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