imagem: Expanded Cinema: Activating the Space of Reception :: April 17 - 19, 2009 :: Tate Modern, http://archive.turbulence.org/blog/2009/03/31/expanded-cinema-activating-the-space-of-reception-london/
“A expressão “cinema expandido”, criada por Stan Van der Beek em meados dos anos 60, e tornado famoso no filme de Jonas Mekas, em 1965, marcou o início de uma série de trabalhos experimentais que se contradiziam nos seus objetivos mas compartilhavam a mesma crítica aos mecanismos padronizados dos equipamentos cinematográficos” (Santaella, 1993: 162). O cinema expandido assinala a estética e as raízes da arte mediática, um bom exemplo são as obras de Jeffreu Shaw. São características do cinema expandido: a abolição das fronteiras entre diferentes obras de arte, a linguagem e o território da acção, exploravam a estrutura efêmera da imagem, alternando formatos e lógicas narrativas, assim como materiais e técnicas de projecção.
O cinema expandido, segundo André Parente (2007), pode ser atualmente caracterizado por duas vertentes: as instalações que reinventam a sala do cinema em outros espaços, e as instalações que exploram o processo de hibridização através de diferentes médias.
Gabriel Abrantes, com formação em artes plásticas e em cinema e artes visuais, explora o cinema em contexto de galeria, criando (realizando e produzindo) curtas-metragens que são exibidas em exposições de artes plásticas. Paulo Cunho (2013) refere-o como um artista/cineasta que constrói um universo estético singular no contexto contemporâneo do cinema português.
Com History of mutual respect (2010), venceu o Leopardo de ouro por melhor curta metragem internacional, no Festival de cinema de Locarno, o prémio de melhor curta metragem experimental no Festival de Melbourne de 2011, e Melhor curta metragem no Festival de Roterdão.
André Parente, “Cinema em trânsito: do dispositivo do cinema ao cinema do dispositivo”, Manuela Penafria, Índia Mara Martins (Org.) (2007), Estéticas do digital. Cinema e tecnologia, Livros Labcom
Paulo Cunha, “Gabriel Abrantes: O contador de estórias”, Ana Catarina Pereira, Tito Cardoso e Cunha (org.) (2013), Geração Invisível: Os novos cineastas portugueses, Livros Labcom
Santaella, Lúcia (2003), Cultura e artes do pós-humano. Da cultura dos mídias à cibercultura, Paulus Editora
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